NPC, Non-Player Character, Nunca Perde o Cavalo, Ninguém Pode Comigo ou simplesmente Personagem não jogável! O que quer dizer: Simplesmente todo mundo que não é um personagem jogador na mesa de RPG!
E criar e controlar os NPCs é provavelmente a tarefa mais complexa que o mestre vai enfrentar ao desenvolver uma campanha. Então vamos começar do começo e tentar dar umas dicas para facilitar a vida de vocês para criar personagens interessantes e coerentes!
Bom para começar como os NPCs são TODOS os personagens que não são os jogadores vamos deixar claro os tipos de personagens presentes em uma história, seja ela uma campanha ou não.
Tipos de personagem
Personagem | Significado |
Protagonista | É o personagem mais importante da obra, no qual a história gira em torno dele. Geralmente é o herói, na maioria das campanhas há um grupo de protagonistas formado pelo grupo de jogadores, mas isso não é uma regra. |
Coprotagonista |
É o personagem de segunda maior importância da obra. Geralmente é a pessoa que ajuda o herói e alguns casos pode existir mais de um. Pode ser um NPC ou até mesmo os personagens jogadores. |
Antagonista | É o personagem que rivaliza o protagonista, quase sempre batalha com o mesmo no final da obra. Geralmente é o vilão e alguns casos pode existir mais de um, no entanto, o antagonista não precisa ser necessariamente uma pessoa, podendo ser um objeto, um animal ou um fato que dificulte os objetivos do protagonista (como a situação financeira do mesmo, problemas culturais e/ou sociais, deficiências físicas e/ou psicológicas etc.). Obs.: Nada impede de que o antagonista também seja um PJ. |
Oponente | É o personagem que ajuda o antagonista. Da mesma forma que o coadjuvante em relação ao protagonista. |
Coadjuvante ou personagem secundário | É o personagem que ajuda o protagonista. A importância dele pode variar dependente da obra/campanha. |
Figurante | É um personagem que não é fundamental para a trama principal, que tem como único objetivo ilustrar o ambiente e o espaço social que são representados durante o desenrolar de uma ação da trama. |
Tabela tirada do Wikipédia (com uns toques rpgisticos)
Então para começar a construção do seu NPC é bom saber onde ele se encaixa, o que também não implica que um coadjuvante não possa vir a se tornar um vilão no futuro. Isso vai depender dos desejos e ambições, medos e frustrações, os caminhos que esse personagem vai escolher trilhar e a influência dos PJs e outros NPCs.
Ao construirmos NPCs devemos também nos ater a profundidade, ou as dimensões do personagem, e essa é uma dica importante para você não ficar maluco criando centenas de personagens complexos (a não ser que você seja um maníaco que tem tesão em escrever a história e dar personalidades complexas a atendentes de taverna que os PJs só verão uma vez na vida).
Dimensões de um personagem
Os personagens podem ter de uma a três dimensões, quanto mais dimensões mais complexo e realista ele será, logo mais trabalhoso e difícil de interpretar.
Personagens unidimensionais possuem apenas um traço de personalidade. Ou ele será mal ou bom, simpático ou ignorante, bom ou mal, etc. Sempre preso dentro de apenas um sentimento. Sua personalidade será a mesma não importando a situação, com respostas automáticas e previsíveis. Os heróis e vilões dos quadrinhos eram assim até Stan Lee e Jack Kirby revolucionarem o meio com seus personagens problemáticos e humanos, começando com o Quarteto Fantástico.
Figurantes, oponentes e até mesmo coadjuvantes podem ser unilaterais. Use apenas para personagens sem importância para trama e que aparecem com pouca frequência, devido a simplicidade e falta de profundidade será difícil (semi-impossível) que os jogadores criem qualquer tipo de laço serio com algum personagem assim, logo eles não terão praticamente nenhum peso na trama.
No caso de coadjuvantes unilaterais são interessantes como ferramenta para alívios cômicos. Utilização de arquétipos prontos, clichês, para criar cenas de descontração.
Bidimensionais possuem duas características (tu jura?! Eu nem desconfiei…) geralmente uma contraditória a outra, aumentando a complexidade. Um personagem pode ser ao mesmo tempo mal que nem o pica-pau e se derreter por animais fofinhos, ou paladino extremante bondoso que não suporta crianças, ou um religioso fervoroso que não segue o que prega… por aí vai…. Não há um desenvolvimento muito grande, mas personagens bidimensionais dão a ilusão de profundidade.
Coadjuvantes, coprotagonistas, oponentes e até mesmo protagonistas podem ser bidimensionais, são ótimos pois apesar de aparentar serem profundos são relativamente simples de se lidar, sem muito drama.
Já os personagens de três dimensões são bem realistas com várias contradições. Se você quer que sua história seja memorável seu antagonista DEVE ser tridimensional. Gasta bastante tempo com seu vilão, escreva os detalhes de sua história, desenvolva os seus laços com outros personagens. Trarei mais detalhes sobre antagonistas em outro artigo mais detalhado sobre o assunto.
Ao dividir os seus NPCs nesses três níveis de profundidade você vai ganhar tempo e vai simplificar sua vida na hora de narrar.
A outra dica do R2PG é essa fichinha marota que fizemos para vocês. Nela você anotará informações importante sobre seus NPCs, ajudando você a construí-los e manter um registro para sempre saber como o NPC vai se comportar em determina situação. Basta anexar essa fichinha a ficha do NPC não importando o sistema e ter sempre a mão as informações sobre seus NPCs.
No mais para construir seu NPC de forma coerente e realista basta seguir o mesmo procedimento da criação de personagens!
Bom roleplayers por hoje é isso, 1000 de XP e boas interpretações!
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