As vezes jogadores e mestre se veem “presos” a uma mesmice, cansados dos mesmos cenários, de jogar sempre com a mesma classe, usar as mesmas armas, mesmas magias, da falta de novidades. Se você é um jogador veterano com certeza já se sentiu assim, e a solução é simples, “vamos mudar de sistema”, “chega de medieval vamos jogar em um cenário futurista agora! ”…
Essa é sem dúvida uma boa pedida, mas e se seu grupo não gostar de futurista? Ou está sem disposição para comprar livros, aprender sistema, pesquisar sobre cenário para criar campanha e por aí vai. Então que tal dar uma cara nova ao seus cenários e sistemas favoritos, e atrair a atenção dos seus jogadores de volta a mesa com algumas novidades?
Habilidades novas!
Todo jogador veterano já está habituado as habilidades e magias do cenário, conhece todas as regras e aspectos de cada capacidade dos seus aliados e dos inimigos! Sabendo quais magias estão ao alcance do mago inimigo, que o guerreiro não tem nada mais a fazer além de golpear com sua espada.
Não seria interessante se o esse mago soltasse um feitiço nunca visto pelos jogadores? Que esse guerreiro usasse uma técnica especial capaz de cortar seus inimigos à distância? Ah mas isso é clichê hein? Muito clichê, mas não lembro de ter visto em nenhum cenário mainstream, e eu aposto, aposto é mesmo, que se você por um npc usando isso em sua campanha ao menos um dos jogadores vai se interessar em consegui-la.
As possibilidades são infinitas, e há centenas de influencias por aí, que tal pôr um sistema de magias diferente em sua campanha baseada em Slayer (aquele anime das antigas), ou em Final Fantasy 8 (só magia loca pai!), ou criar um sistema completamente novo! As magias podem funcionar de forma igual as do sistema ou de forma nova. Tomando por exemplo o D&D, pode ser uma classe nova que recebe magias por nível, divididas em círculos como o padrão, podem ser compradas como talento, ou uma perícia (uma perícia de magia de fogo, como a dobra de Avatar). Uma subclasse que adiciona uma característica nova na ficha como mana, ki, energia, cosmo, essa subclasse pode ter experiência exclusiva que sobe com treinamento, ou que sobe junto aos níveis da classe principal. Essa característica nova é usada para medir a quantidade de usos diários, estipular a “força” das habilidades.
O mesmo pode ser feito para as outras classes se criando habilidades para espadachins que são compradas como talentos, ou novas pericias semelhantes ao Iaijutso (técnica de samurai x que foi adaptada para d&d pela dragão brasil), e da mesma forma que a DB fazia você mesmo pode adaptar habilidades de animes/mangas/HQs/filmes para dentro do seu sistema e acrescentar ao seu cenário.
Equipamentos novos
Outra forma de tornar as coisas interessantes é introduzir novas tecnologias ao seu cenário. E com tecnologias quero dizer basicamente todo e qualquer tipo de equipamento de toda e qualquer natureza, de itens feitos magicamente que fazem coisas “sem explicação” a veículos mecânicos como trens.
Começando pelo básico, adicionando armas de fogo a uma campanha medieval, acessórios de tecnologia mediana, uma boa pesquisa a itens usados na era vitoriana pode render detalhes interessantes para enriquecer a campanha. Por um chuveiro com água quente em uma taverna na capital quando os jogadores já estavam acostumados a tomar banho no poço atrás da estalagem, uma besta de mão equipada com arpão e corda que deixaria seu ladino super contente em imitar o Batman escalando por ai.
Passando pelo avançado, utilizando um NPC que veio do futuro, ou de outro plano de tecnologia avançada trazendo consigo armas de plasma, binóculos ultramodernos com visão de calor, raio-x, zoom de 100x. Indo pelo fictício, como a casa que sai de uma capsula como em Dragon Ball, sabres de luz, hoverboard…. Mas muito cuidado ao utilizar esses aspectos pois podem estragar a campanha… ou mudar drasticamente o rumo do mundo, pode ser interessante ter um engenheiro do futuro construindo uma capital moderna em determinado reino, um personagem que pode viajar rapidamente devido a uma motocicleta que voa, mas é fácil que coisas assim saiam do controle e você se veja numa mesa cheia de utensílios que contornam os desafios apresentados aos jogadores.
Crossover
Cansou de jogar medieval, mas não quer largar a espada ou as magias? Que tal fazer um crossover de cenários? Ao estilo de Final Fantasy, Dragon Ball, Granado Espada (mmorpg) entre outros que me fugiram da memória nesse momento.
Junte dois cenários, duas eras/épocas e crie um cenário retro futurista, tenha Cadillacs e Dinossauros (sacou, sacou? Hahahah), magia e tecnologia, dragões e naves (meio bizarro…). Jogue com magias de verdade na caça às bruxas, ciborgues no Japão feudal, ponha dinossauros/dragões/hidras/vampiros/ na sua campanha futurista enquanto os jogadores exploram o universo.
Adicione um pouco de fantasia a campanhas mais realistas, por exemplo: Aparição de um vampiro/vira-bicho em um jogo de forças especiais com soldados e agentes especiais, fantasmas e espíritos na campanha de investigação, poderes psíquicos no meio do apocalipse zumbi… não precisa abusar, mas dar um choque para tirar os jogadores da sua área de conforto.
Após algumas sessões investigando casos de homicídio e chegando a uma conclusão racional em cada arco da campanha, um assassinato sem explicação pode tirar o sono dos PJs até a aceitação de que algo sobrenatural aconteceu ali!
Elementos novos podem dar uma cara nova a um cenário e trazer muitas horas de diversão ao seu grupo. Dê liberdade aos jogadores para criar habilidades novas baseadas nas já existentes. Crie habilidades exclusivas para os vilões transformando-os em únicos. Apresente novidades criadas por você à mesa, garanto que a reação dos PJs será muito positiva.
Já usariam algo assim em suas mesas? Como foi? Conta pra gente aqui nos comentários!
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