Quantas vezes vocês já enfrentaram os mesmos monstros em suas mesas de RPG? No 1° nível , vocês enfrentam Kobolds, Goblins e Gnolls, no 5° nível enfrentam Trolls, Basiliscos e Manticoras?
Todos chegam na sessão ansiosos pelos combates, e você como mestre já está sem ideias sobre quais monstros colocar na aventura, kobolds são fracos demais, o Troll talvez seja um desafio grande demais para os jogadores iniciantes… mas a dificuldade de um encontro vai além da estatísticas e ND dos monstros. Estratégia, situações, cenários e as habilidades dos jogadores influenciam cada encontro, tornando cada combate único!
Então em vez de encontrar com os inimigos na clareira no meio da floresta, onde você tem um campo limpo para brincar com seu grid, que tal deixar as coisas mais emocionantes? Já pensou em dar uma lição nos seus jogadores usando kobolds? Ou dar um gostinho de um combate de alto nível deixando seus jogadores enfrentarem um dragão aprisionado, com habilidades limitadas…
Vamos explorar alguns cenários:
Kobolds à Luz da Lua:
Imaginemos um bando de kobolds. Inofensivos à luz do dia, certo? Mas e se a escuridão da floresta os engole, escondendo seus números e armadilhas? A estratégia muda, a percepção aguça-se e a bravura se mistura com o medo. A dificuldade se eleva, não por causa de estatísticas, mas pela atmosfera, cada movimento pode levar a uma armadilha, se saírem da formação um deles pode ser atacado pelas costas.
Correnteza Traiçoeira:
Um crocodilo à beira do rio é um oponente perigoso. Mas dentro da água o jogo é outro… imagine ele te arrastando com a correnteza em direção a uma cachoeira. A luta se torna uma dança macabra contra o tempo. Você soma o combate com o crocodilo, com a necessidade de conseguir respirar a cada alguns turnos e o desespero de terminar o combate antes que seja tarde demais…
Dragões e Estratégias:
Um dragão que alterna entre baforadas e investidas é um desafio clássico. Mas e se ele for capaz de conjurar magias, proteger seus flancos e identificar o mago do grupo como principal ameaça? A batalha se torna um jogo de xadrez, monstros com intelecto alto devem se adaptar às estratégias dos aventureiros e criar contra medidas.
Experiência e Desafio:
Um jogador experiente que alcançou o nível 10 com seu personagem trilhou um caminho de aprendizado. Ele conhece as habilidades do seu personagem, suas fraquezas e sabe como aproveitar o máximo de suas forças, e esconder suas falhas. Então apenas ficar trocando dano com os monstros não é o que eu chamaria de um grande desafio. Lembre-se um bom mestre de RPG desafia seus jogadores, não apenas suas fichas ou sua sorte nos dados.
O mesmo vale para seus jogadores iniciantes, se você apenas trocar dano com eles, eles vão se acostumar a fazer apenas isso, e se elevar o nível de repente, as chances de um TPK acontecer passam a ser reais até demais!
Conclusão:
A dificuldade em RPG de mesa não se resume a números, é um conjunto de fatores, habilidades e situações. Cada batalha é uma tela em branco, pronta para ser pintada com heroísmo, inteligência e a superação de desafios que transcendem a força bruta.
A dificuldade é uma ferramenta para criar momentos emocionantes e desafiadores. Adapte-a ao nível de experiência dos jogadores e ao estilo de jogo do grupo. O objetivo é criar uma experiência divertida e envolvente para todos, onde a superação de obstáculos é recompensada com a sensação de conquista e a glória da vitória!
O texto top! Eu tenho pouca experiencia como mestre e joguei RPG por mais de 20 anos. Deu até uma nostalgia, cara.
Opa vlw pelo feedback Claudio! Cara como no meu grupo todo mundo mestra, é bem raro eu narrar uma mesa, mas essa vivencia de jogar com vários mestres com estilos diferentes a gente aprende bastante ^^