Todo vilão tem sua história. Geralmente não são bonitas ou poéticas, mas algumas fogem à regra.

A Baronesa – Review

Conheça Zeta Della Torre, uma respeitada nobre de 14 anos que já começa a saborear o que a vida tem a oferecer quando seu pai não está observando. Porém, suas aventuras chegam a um abrupto fim quando sua família é atacada e devastada e seu pai é obrigado a fugir com quem restou dos Della Torre.

Desnorteada pela fuga, um ‘salvador’ aparece para transformar sua tragédia em uma nova aventura.

Um cataclismo envia Zeta a um novo mundo, um tanto diferente da Itália medieval em que nascera. E, graças a seu misterioso ‘salvador’, ela tem coisas novas a aprender não só sobre o mundo onde se encontra, mas também sobre os novos poderes e fraquezas que adquirira e combinam tão bem com sua personalidade hedonista.

Seu gosto pelo novo, sua paixão pelo proibido e sua volúpia pelo inexplorado só fomentam a sede de sangue e poder que a agora vampira e Baronesa Taramar terá.

Anos, décadas e séculos se passam e a Baronesa só cresce em poder e influência. Pilhando covis de dragões e seduzindo quem seu capricho escolher, Taramar se descobre cada vez mais, já que ninguém ali parece entender o vampirismo e muito menos ensiná-la.

Por mais poderosa e impiedosa que seja, um dia todos os corações mostram seu lado mais fraco. Um amor verdadeiro, inimigos impensavelmente poderosos e decididos a lhe destruir e a volta de seu ‘salvador’ farão Taramar provar sabores que nunca provara em seus séculos de sensações.

Uma narrativa em primeira pessoa que espelha a personalidade da protagonista com uma perfeição ímpar e um ritmo frenético de quem não perde tempo com frivolidades e sabe o que quer dizer, assim como Taramar fazer o leitor conhecer mais a personagem não só pelos feitos de que ela se vangloria, mas de como ela lhe conta suas aventuras e memórias.

Uma experiência de leitura que foge muito da maioria das fantasias medievais e merece ser apreciada sem moderação.

A Baronesa é o segundo livro da Draco Saga, uma coleção de várias obras que se complementam e constroem o universo de Omnia, o novo mundo mágico onde se passam as histórias do escritor F.G. Card.

A Seguir, leia uma entrevista exclusiva com o autor:

F. G. Card – Entrevista

R2PG: Quem é F. G. Card? Nos conte a sua história

F. G. Card: F. G. Card é um codinome para Fábio Guolo Cardoso. Este é apenas um cara simples, mas muito curioso e que gosta de nerdices em geral como RPG, séries, filmes e livros. Nos estudos, sempre pendi para as ciências exatas. Cursei Física, Sistemas de Informação e Engenharia Civil, mas o tipo de pessoas que admiro são os polímatas como Leonardo Da Vinci e Winston Churchill, pois acredito que saber de tudo um pouco é melhor para mim do que me especializar em uma coisa só.

R2PG: Como surgiu a Draco Saga?

F. G. Card: Em 1995 eu e meus amigos adolescentes descobrimos o RPG por meio da primeira edição brasileira de D&D. Passamos por diversos sistemas e em 2005 eu já tinha tanto material de campanhas que decidi usá-los como inspiração para escrever. E daí surgiu o primeiro livro, Draco Saga: O Despertar.

R2PG: E como a série de desenvolveu até a criação de A Baronesa?

F. G. Card: Quando criei a personagem Taramar di Milano em “O Despertar”, senti que seria necessário aprofundar seu background para torná-la mais crível. E como os livros são narrados em primeira pessoa sob o ponto de vista de personagens diferentes, achei que seria interessante mostrar o ponto de vista dela que é a vilã de “O Despertar”. Então comecei a escrever “A Baronesa” como um conto antes mesmo de terminar de escrever “O Despertar”, mas a história ficou grande demais para ser só um conto e acabei por promovê-la a segundo livro da série.
No fim das contas, a ordem de leitura entre estes dois livros nem faz tanta diferença.

R2PG: Quais são as maiores inspirações literárias que você usa para escrever?

F. G. Card: Além do mundo do RPG em geral, os escritores Bernard Cornwell, George RR Martin e JRR Tolkien. O universo Star Wars e o MCU também tiveram grande influência além do escritor Dan Brown que me inspirou muito na forma de instigar o leitor a continuar lendo.
No RPG, posso dar destaque a D&D e GURPS com seus inúmeros suplementos pra lá de detalhados como Fantasy, Magia, Illuminati, Horror, Space, Martial Arts, etc…
E ainda Lobisomem: O Apocalypse (esse vai ficar claro no terceiro livro), Vampiro: A Máscara (Taramar bebeu daqui) e Mago: A Ascensão (o conceito de magia estática e dinâmica apresentado em O Despertar, veio daqui).

R2PG: Como foi o processo de publicação da saga?

F. G. Card: Inicialmente, procurei editoras. As grandes, não responderam ou disseram que estavam com a agenda lotada. As pequenas, queriam cobrar para publicar. Então conheci o Clube de Autores que, em 2010, estava começando como eu. É um site de impressão sob demanda: tu entra, compra 1 livro, eles imprimem, te enviam pelo correio e repassam a comissão ao autor. Em 2011, surgiu a oportunidade de participar da Bienal do Rio, daí juntei umas economias, fui a uma gráfica e imprimi 600 cópias de O Despertar. Vendi quase tudo. E, finalmente, surgiu a Amazon e publiquei lá também. Atualmente, estou em contato promissor com uma editora. Vamos ver.

R2PG: Essa é sua primeira obra? Há outras posteriores?

F. G. Card: A Baronesa é o segundo livro da série Draco Saga. O primeiro é O Despertar, mas a ordem de leitura entre os dois, não faz muita diferença. O terceiro livro, A Sentinela, está em revisão e será lançado em breve. Ainda tem o livro Apêndices que é um ebook gratuito com mapas, linha do tempo e conteúdo extra de suporte para a série.

R2PG: Você já tem outros projetos na cabeça?

F. G. Card: Tenho vários! Alguns já iniciados, outros ainda só no escopo. E os temas são variados: investigação policial, humor e terror. Mas o próximo livro depois do lançamento de “A Sentinela”, será um romance histórico ambientado na época das grandes navegações portuguesas.

R2PG: Vai ser sensacional!
Fale um pouco de Taramar. Quem é A Baronesa?

F. G. Card: Logo no início do Livro A Baronesa, tomamos conhecimento que o verdadeiro sobrenome de Taramar é Della Torre. Mais para frente é revelado seu verdadeiro nome também. Os Della Torre foram uma família tradicional na região da Lombardia, mas foram expulsos da região por ocasião de um conflito armado. Isso é histórico. Então, inseri minha personagem nessa parte da história da Terra para, em seguida, dar uma grande guinada em sua vida, como tu já leste no livro dela. Ela era uma adolescente ambiciosa e destemida que foi transformada em “outra coisa”, sobreviveu, cresceu, superou perdas irreparáveis e veio a se tornar a vilã de O Despertar.

R2PG: Onde suas obras estão disponíveis?

F. G. Card: No meu site, www.fgcardw.com existem os links para acessar diretamente as páginas de cada livro dentro da Amazon (inclusive por Kindle Unlimited) e do Clube de Autores (versões impressas).

R2PG: Tem alguma mensagem para os nossos leitores?

F. G. Card: Agradeço pela parceria, pela iniciativa e continuem lendo meus livros, pois eu os escrevo com paixão para gente como nós, RPGistas, nerds e amantes da literatura fantástica! 😁😉

Instagram do autor: https://www.instagram.com/fgcardw/