Olá aventureiros! Hoje vou mudar um pouco o formato do Time Devourer por alguns motivos, um deles sendo que Pokémon é um jogo que todos que gostam conhecem de cabo a rabo, então um review normal não acrescentaria muita coisa em suas vidas. Espero que gostem!
Depois que terminei Fire Emblem: The Sacred Stones, fiquei sem saber o que jogar no trabalho (um caixa de estacionamento tem algum tempo livre, mas se alguém quiser me contratar como escritor ou compositor ou qualquer outra coisa, entre em contato hehe). Meu amigo dos tempos de SAGA e xará Gabriel Fusaro então me disse “por que você não joga Pokémon?” Por que eu nunca joguei Pokémon até hoje? Bom, digamos que não sou esse tipo de gamer.
Como vocês podem ver no gráfico, sou uma pessoa muito imersiva, mas que se preocupa pouco com colecionar ou dominar. Você também pode fazer este gráfico no site Quantic Foundry.
De acordo com Erich Fromm, eu seria um Gamer ‘ser’ e não ‘ter’. Acontece que Pokémon apela muito para o ‘ter’. Mas se um amigo me ajudasse a desbravar esse grande mundo que nunca ousara chegar perto antes, estava pronto para a experiência. Sendo assim, vamos ao que interessa!
o jogo
A Gamefreak era uma revista de jogos japonesa que em 1989 começou a fazer os próprios jogos. Seu maior sucesso foi concebido em 1996 para GameBoy. Pokémon é um jogo perfeito para um console portátil. É fácil de identificar com a ideia de carregar seus Pokémons na mochila no jogo levando um GameBoy no bolso, sem contar o forte teor de exploração, com vários ambientes diferentes, de uma caverna ao alto mar, do ônibus à fila do banco.
Meu amigo Fusaro recomendou que eu começasse pelo Emerald Version, lançado em 2004 para GameBoy Advance.
A primeira impressão que eu tive foi de um jogo que te faz sentir bem. O pai do protagonista é um grande treinador e sua mãe o apoia a também se tornar um. Todos te acolhem na cidade para qual você acaba de se mudar. O jogador se sente valorizado, tanto pelos outros personagens que sempre o ‘endeusam’ quanto pelo baixo nível de dificuldade geral, que nos mantém vencendo em 90% das vezes.
minha jornada
Eu comecei com um Treecko e o batizei Gex em homenagem à série de jogos com a lagartixa mais maneira do universo. Tudo era novo para mim, desde encontros com outros treinadores quanto com Pokémons selvagens. Não sabia os pontos fortes e fracos de cada tipo e não pesquisei, aprendi conforme jogava. O jogo é muito extenso e usa e reusa as cidades de um jeito muito agradável. O progresso também é satisfatório, com as TMs que nos permitem ir a áreas antes inacessíveis, bicicletas e etc.
Conforme a história foi se desenrolando eu comecei a ficar perdido, não sabendo se ia atrás das equipes Aqua e Magma ou conquistava o próximo ginásio, mas no final, eu sempre precisava da nova insígnia antes de avançar no enredo. Os ginásios eram a única coisa que apresentou dificuldades. Nas rotas, creio ter perdido somente uma luta porque todos a minha party estava fraca.
Talvez o desafio de Pokémon esteja em capturar lendários e preencher a pokédex, mas realmente não sou o cara pra isso. Eu jogo pelo enredo, e uma vez revelado, não tenho mais grandes motivações de continuar jogando e parto para outra. Neste caso, a história me decepcionou um pouco.
enredo
As equipes Aqua e Magma são dois grupos de fanáticos que lembram até cultos. Um ama a água e quer expandir a área oceânica no planeta e o outro faz o exato oposto, querendo expandir a terra seca.
Os líderes dos dois grupos descobrem uma lenda de Pokémons poderosíssimos cujo poder moldou o continente de Hoenn como é hoje e que estariam adormecidos em algum lugar. Para despertá-los, eles invadem propriedades e roubam itens até chegar às orbs que garantiriam controle sobre os ‘pokémons super-antigos’.
Neste processo, o jogador tenta impedir os dois lados em inúmeras situações, chegando a evitar o que poderia ser considerado um ato terrorista. Apesar disso, as orbs são roubadas e ambos os Pokémons despertados. Um cataclisma é iminente e só um talentoso treinador e a força de seus pokémons pode remediar o caso.
considerações
Pokémon Emerald é um jogo com um gameplay extremamente agradável e tenho certeza que isso se aplica a todos os títulos da série. O visual sempre me agradou muito, desde a fauna até as roupas dos personagens e nesta edição não foi diferente.
A música me decepcionou um pouco, provavelmente por Fire Emblem me ter acostumado mal, já que seu som é muito acima da média do GBA. O Emerald me deu a impressão de que todas as faixas tem um tom alegre, mesmo em cenas tensas. Isso realmente garantiu uma identidade sonora muito grande, mas acho que eu não estava preparado.
O planejamento do mapa é incrível, com vários habitats para os pokémons e ainda com cuidado de deixar a exploração variada, com dungeons, navegações e muito mais.
A pokédex é um show à parte e mostra todo o trabalho na criação de cada espécie, sem contar as personalidades e todas as variáveis a que cada indivíduo está sujeito.
Então, no final foi uma experiência maravilhosa, como uma viagem para algum lugar com cultura diferente. Eu sei que não fiz tudo o que tinha que fazer, como usar a balsa e pegar os lendários, mas fiz tudo o que eu queria fazer e fiquei muito contente.
Nunca pensei em pokémon como um joguinho de crianças e agora respeito ainda mais os milhões de treinadores espalhados pelo mundo.
Vamos pegar todos
E aí roleplayers, gostaram dessa pequena quebra de protocolo? Gostariam de ver algum outro jogo analisado assim? Comentem, alimentem nosso blog que é feito para vocês :)
Ah, meu pokémon preferido? Bom, estava nas fontes termais e uma senhora me deu um ovo. Fiquei com ele até chocar e dali saiu a coisa mais fofa que eu já vi – amor à primeira vista:
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