Burnout 3 – Takedown é praticamente um bodhisattva dos jogos, chegando mais perto da perfeição do que a grande maioria em qualquer plataforma ou época.
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A Criterion Software foi criada na Inglaterra em 1993 como uma empresa especializada em soluções de multimídia digital, como engines gráficas e de física. Os jogos da sua subsidiária Criterion Games serviam para demonstrar a capacidade de seus produtos.
Em 2004 a EA comprou a Criterion, uma decisão que mudou a história dos jogos de corrida arcade.
Os primeiros passos
Burnout
O primeiro Burnout saiu para PS2, Xbox e Gamecube em 2001, distribuído pela saudosa Acclaim. Um belo jogo de corrida para um console recém-nascido. A jogabilidade é simples e responsiva, o jogo tem uma bela sensação de velocidade e gráficos dignos da sexta geração.
O apelo do primeiro jogo da série já era a possibilidade de causar batidas cinematográficas em tempo real, mas não passava de alguns amassos e os carros voando um pouco pelo impacto.
Burnout 2 – Point of Impact
O sucessor veio no ano seguinte, ainda pela Acclaim. Uma boa evolução, com mais carros, um visual com mais personalidade, melhoras no gameplay e mecânica em geral, batidas mais impressionantes e carros soltando peças.
Os dois jogos conquistaram uma boa fanbase na Europa, mas o sucesso mundial veio com a repaginada que a Electronic Arts deu à série.
Burnout 3 – Takedown
Em 2004 o terceiro jogo da série levou uma repaginação total, finalmente aproveitando todo o potencial do conceito original, mas não apareceu no Gamecube.
Partículas, filtros, sensação de velocidade insana, gráficos superiores, música cativante e vários detalhes na mecânica foram adicionados, além de um modo online muito bem criado.
Os jogos seguintes não mudaram quase nada, não se mexe no que está perfeito. Isso durou até 2008 com Burnout Paradise, que tentou mudar e praticamente matou a série.
o jogo
Burnout 3 – Takedown é um jogo de corrida arcade focado na possibilidade de provocar acidentes aos oponentes em uma via pública ao redor do mundo.
Takedown
O que antes era só algo interessante que acontecia quando algum carro
batia se tornou uma mecânica essencial para o gameplay. O chamado takedown é a capacidade de um jogador fazer um oponente perder o controle e bater, de várias formas. De empurrá-lo para um caminhão a simplesmente tirar sua concentração sem tocar, cada tipo de takedown foi cuidadosamente desenvolvido e nomeado.
Ao quebrar um oponente, um inteligente jogo de câmeras lentas mostra a batida de ângulos impressionantes. Se o jogador bater, ele pode controlar seu carro até certo ponto. Se ele certar um oponente, é recompensado com o aftertouch takedown.
Nitro
O nitro é conseguido com ações de habilidade, como drifting, tirar a fina do tráfego, vácuo, etc. Ele enche completamente e sua capacidade é multiplicada até 4 vezes por meio de takedowns de qualquer natureza.
O efeito do nitro é tão grande quanto instantâneo. Filtros embaçam as bordas da tela, a câmera se afasta, o motor sobe de giro em uma velocidade absurda, o carro se comporta de um modo diferente e a sensação de velocidade é absurda. Tudo isso em uma transição de menos de um segundo.
O nitro é realmente viciante. Quando acaba, o jogador sente o carro tão lento e a tela sem efeitos que sua única preocupação é fazer um takedown para voltar ao plano superior no nitro.
Modos de Jogo
O modo World Tour é a campanha principal, com uma interface herdada de Burnout 2. Ele apresenta todos outros modos que o jogo possui, exceto os dedicados às partidas online.
O jogador é recompensado com novos carros e classes de carros conforme avança no jogo. Alguns carros são ganhos em eventos especiais, outros conforme o acúmulo de pontos e outros pelo número de medalhas de ouro obtidas.
Os modos de jogo menores, inclusos no World Tour, incluem corrida normal, desafio de tempo, corrida por quantidade de takedowns e o modo crash, em que o jogador deve causar o maior dano no tráfego.
música
A música dos dos dois primeiros jogos foi composta em sua maioria por Steve Emney e misturava elementos eletrônicos e rock em temas simples.
A EA chegou com sua habilidade única de usar licenças e implementou em Burnout 3 sua ‘EA Games Traxx’. A identidade musical casou perfeitamente com o novo estilo do jogo, se baseando em várias bandas de rock alternativo, de Fall Out Boy a Ash.
Emney continuou compondo as músicas originais para alguns menus.
Outra novidade sonora foi a Crash FM, uma rádio com comentários e dicas sobre modo World Tour. A ideia foi bem executada, mas outros jogos como Ridge Racer V e NASCAR Rumble não foram ultrapassados neste quesito.
se é perfeito, é eterno
A quantidade e qualidade de Burnout 3 – Takedown o deixam praticamente impossível de enjoar. Se você nunca jogou, jogue o comparando com os melhores jogos que você conhece. Se jogou há anos, jogue de novo com toda a nostalgia. Se acabou de jogar, não deveria ter parado, volte lá e jogue mais haha.
Burnout é o exemplo que uma boa ideia não é o bastante, ela deve ser bem envelopada. Há pessoas que estão na fase dos dois primeiros jogos, mas que um dia serão os Burnouts 3 da vida. Seja uma delas hehe.
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“contrário de certa softhouse com iniciais vogais…”
eu percebi essa indireta ai, só pra deixar registrado