Bem vindo a Losspass, uma ilha exótica que é um verdadeiro resort natural. Aproveite suas férias com todo o luxo e comodidade do hotel Flower, Sun and Rain neste paraíso. Só há um detalhe – paraísos não existem.
Clique aqui e ouça a trilha enquanto lê o artigo!
Goichi Suda, apelidado Suda 51, foi coveiro antes de trabalhar para a Human. Em 1998 ele montou a Grasshopper Manufacture e desde então vem criando vários títulos singulares. FSR foi a segunda obra da empresa. Foi lançado em 2001 para PS2 só no Japão e em 2008 para DS no mundo todo.
A série (?)
Flower, Sun and Rain é o terceiro jogo a se passar no universo que começou em Moonlight Syndrome, o último jogo da Suda na Human. O outro título da trilogia é The Silver Case, o debut da Grasshopper.
A relação entre os três jogos é sutil. O mais digno de atenção é o reuso de personagens sob papeis diferentes, como se fossem atores de verdade.
Enredo
Flower, Sun and Rain é um jogo de aventura nada convencional, por isso este artigo também deve ser. Começaremos pelo enredo para criar uma imagem melhor na mente de vocês.
Sumio Mondo tem um trabalho peculiar – ele é contratado para achar coisas perdidas. Ele foi chamado para Lospass, uma ilha na Micronésia. Seu empregador é Edo Macalister, o gerente do hotel Flower, Sun and Rain.
Edo chama Mondo para encontrar uma bomba em um avião antes que ela exploda. Um trabalho sério, mas simples. Entretanto, no caminho do seu quarto de hotel até o aeroporto muitas coisas acontecem.
Mondo acaba sendo manipulado para resol
ver problemas de vários hóspedes, desde achar a bola perdida de um garoto até restaurar o espírito de luta de um jovem profissional em luta livre. O dia acaba e a bomba não foi encontrada.
Conforme os dias passam, o tempo parece não correr normalmente e a ilha se mostra cada vez mais misteriosa. Ninguém é mais quem parece ser e todos sabem mais do que aparentam. Mondo é a chave para os mistérios de Lospass – ou talvez seja só outro peão à mercê das forças maiores…
O jogo
Uma aventura 3D em terceira pessoa é um dos poucos termos convencionais que se aplicam a Flower, Sun and Rain, e mesmo assim não tão perfeitamente devido ao forte elemento de puzzle contido no jogo.
O jogo é separado por capítulos chamados Requests. Cada request dura um dia da estadia no hotel e leva o nome da música nova que aparecer naquele dia. Para resolver os problemas, Mondo usa um código numérico em algo usando Catherine, seu computador em forma de maleta.
Para encontrar o número, Mondo recorre ao guia da ilha que Edo lhe deu. O informativo é envolvente e mergulha o jogador mais ainda na história. Em cada capítulo o jogador chega a uma área nova mais perto do aeroporto.
A reutilização de áreas é bem construída e o jogo nunca (mas nunca mesmo) enjoa em nenhum aspecto. O jogador vai se acostumando com o resort, mas como alguém em férias, nunca fica entediado.
Os constantes Masafumi Takadaplot twists mantém o jogador na dúvida sobre o que é verdade e o que não é até o final do jogo, o que o faz simpatizar com a confusão do protagonista.
Música
Shingo Yasumoto e Masafumi Takada remixaram várias músicas clássicas e famosas, de Bach a George Gershwin.
Cada música toca em uma área do jogo e a área acessada pela primeira vez em determinado capítulo dá nome ao mesmo.
As versões têm um clima exótico, combinando com o cenário tropical. Mas não pense em nenhum estilo definido – uma espécie de lounge agitado e música ambiente dramática e tudo entre os dois estão presentes e dão muita cor à trilha.
Parte da trilha foi separada em dois álbuns: Water ~for relaxing time~ e Shine ~for high time~. Cada disco contém 21 faixas, deixando quase 30 faixas de fora.
A versão de DS recebeu novos remixes das músicas. Por motivos de espaço do cartucho, as músicas ficaram com um toque de chiptune, mas ainda dão o mesmo clima ao jogo.
Lost & past = lospass
Flower, Sun and Rain é uma obra de arte em todos os aspectos, mas o que deixa o jogo único são a direção e o roteiro. Mantendo a diversão, o mistério e o humor do começo ao fim, Suda 51 mostra que mereceu co-escrever um radio drama com Hideo Kojima.
Um jogo fora dos padrões, até no fato de ser um jogo de PS2 que recebeu um port para DS 7 anos depois de seu lançamento.
Um jogo cult muito aclamado por quem conhece, é um título obrigatório para qualquer gamer que preza pela arte e pela qualidade dos jogos.
E aí galera, beleza? Artigo esquisito? É porque ainda não jogaram o jogo kkk. Comente, questione e sugira, estarei esperando com um sorriso para te responder.
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