A era das guerras corporativas chegou mais rápido do que imaginávamos. Com os interesses não mais relacionados às nações, a lealdade não é mais tão importante, mas nossas escolhas são – mais do que nunca.
Os primeiros dois jogos da série da Namco Ace Combat saíram com cerca de um ano de intervalo. Quatro anos depois, em 1999, Ace Combat 3: Electrosphere chega às prateleiras japonesas. A criadora do Pac-Man lançaria uma versão reduzida do jogo para o resto do mundo no ano seguinte.
A série
Ace Combat começou no Japão como Air Combat e trazia jogos de caça atuais de volta ao mercado. A EA e outras desenvolvedoras já haviam tentado fazer simuladores de caças em 3D principalmente no Mega Drive, e de fato, alguns vale a pena serem jogados.
Como eram estritamente simuladores, ou tentavam ser, seu público era bem restrito. A capacidade do novo PlayStation e o foco em um gameplay divertido fizeram de AC um sucesso instantâneo.
O primeiro jogo trazia uma mecânica funcional, vários modelos de caças e missões com focos no ar ou em alvos em terra, além de um avião gigante original como boss.
Ace Combat 2 saiu pouco tempo depois com gráficos muito melhorados e qualidade da música aproveitando o que o primeiro console da Sony oferecia. Até este jogo o enredo era bem superficial, se interligando a outros jogos com nada além de alguns detalhes (o que futuramente foi um trunfo, mas isso é para outro artigo).
Ace Combat 3: Electrosphere trouxe várias inovações. Foi o primeiro jogo a usar os botões L3 e R3 e usava, de modo ainda pouco suave, os dois analógicos. O enredo foi bem trabalhado e todo o design futurista do jogo lindamente elaborado.
o jogo
A versão japonesa contém dois discos, 51 missões e 23 aviões. A história é contada por meio de cutscenes em anime feitas pela Production I.G, a mesma de obras como Ghost in the Shell.
A versão internacional não contém vídeos nem dublagem durante as missões, que foram reduzidas assim como o número de aviões para caber em um só disco.
O ambiente futurista se reflete em tudo, desde a interface de usuário à parte sonora. Os aviões, mesmo os existentes, são conceitos de versões melhoradas dos atuais.
Todo um sistema de tecnologia foi criado para a história, que é consistente e dramática.
As missões são menos frenéticas e mais simples do que os anteriores e compactuam com a atmosfera contemplativa do jogo.
enredo
O ano é 2040. As potências em tecnologia dominantes no continente de Usea são a General Resources e a Neucom. A disputa por poder já fez com que ambas criassem seus próprios exércitos e isso demandou uma terceira força para pacificar o cenário. Aí entra a UPEO, que na época do jogo está agindo contra avanços da Neucom.
Uma IA criada especificamente para combates aéreos chamada Nemo é utilizada pela UPEO. Nemo pode pilotar qualquer avião que utilize o sistema COFFIN, uma espécie de link neural que dispensa movimentos do corpo para a pilotagem.
Conforme as missões acontecem, Nemo é abordado por pessoas de ambas as corporações e pode se aliar a qualquer uma delas. Isso resulta em várias possibilidades e a chegada de uma quarta organização aprofunda ainda mais a situação.
A supremacia territorial não é a única coisa em jogo. Pesquisadores da General Resources estudam a transferência das memórias humanas para a rede de computadores chamada Electrosphere. Alguns tentarão convencer Nemo de que o processo, batizado de ‘sublimação’, é o ideal de vida, enquanto outros acharão perigoso demais.
Nemo possui uma imparcialidade infinitamente maior do que qualquer humano. O caminho que ele escolher será o mais certo?
música
Composta principalmente por Tetsukazu Nakanishi, a Namco Sound Team continua seu trabalho na série Ace Combat, mas com uma abordagem bem diferente.
Os primeiros jogos são basicamente focados no rock, com muita melodia, com uma riqueza próxima ao seu trabalho em Ridge Racer Type 4. Já em AC3 uma suave música eletrônica domina os ouvidos do jogador. Batidas complexas, porém suaves dão brilho à melodia simplista de sintetizadores.
Um álbum com com 2 CDs foi lançado. Ace Combat 3: Electrosphere Direct Audio with AppenDisc contém as 28 faixas do jogo no primeiro CD e mais 14 no segundo, que não foram usadas ou serviram em materiais promocionais. As músicas podem ser tocadas no PSX dentro do music player do AC3, e não o do sistema do console.
O segundo CD, chamado AppenDisc, pode ser usado no PSX como movie player, para conseguir um save com todo o jogo aberto, incluindo um avião secreto e o vídeo introdutório desse avião.
O álbum traz também um livreto com todos os caminhos de missões possíveis e que música e filme tocam em cada uma e outro com arte promocional e comentários dos compositores.
Um jogo do passado, uma guerra do futuro
A evolução dos controles, que se tornariam o padrão do PS2 e todas as outras diferenças de AC3 para o resto da série fazem deste um jogo praticamente obrigatório para fãs e para quem procura jogos que marcaram história.
Apesar do jogo completo estar e japonês, um patch para o inglês finalmente foi terminado em 2015.
E aí? Curtiram o tema da semana? Que jogo gostariam que eu trouxesse?Comentem e sugiram mais coisas, estarei feliz em conversar com vocês!
links
Versão internacional, disco único
AppenDisc (requer registro no fórum)
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Olha, temos links…
sabia não.
Opa, é pra sair do artigo jogando kkk