Respondendo o leitor Ary Eyan, tive uma ideia para um post rápido e lindo…
Eu não consegui, na minha odisseia, rondando pelo mundo numa busca infindável por tomos ancestrais, que durou uns 15min, descobrir quem introduziu isso no mundo RPGístico, o Ponto de Ação.
Mas posso dizer onde foi a primeira vez que ouvi falar. Foi no falido sistema de “Ação!!!” que não passa de uma versão tupiniquim para Modern D20. Mas esse ponto aparece em vários sistemas, com nomes diferentes, como por exemplo pontos heroicos, pontos de sorte e por aí vai.
Mas se você joga Daemon, Chamado de Cthulhu ou a maioria dos jogos de super poderes você deve estar acostumado com um sistema de pontos heroicos ou sorte de maneira diferente. Em Daemon e CdC o sistema tenta manter as coisas difíceis e realistas, já os jogos voltados para superpoderes trazem a necessidade de criar feitos heroicos, assim sendo esses pontos afetam o personagem do jogador.
Não entendi p#*$% nenhuma… É simples os “pontos de ação” desses jogos ajudam eles a passar em testes, dão habilidades impressionantes por tempo limitado, fazem o personagem fazer feitos que em situações normais ele não conseguiria.
Mas não é disso que eu estou tratando… Estou falando de dar um pouco do poder do mestre para os jogadores…
Não vai embora… PARA!!! Tira esse mouse do X. Tá mais calmo(a)? Deixa eu explicar…
Eu disse… “Um pouco…” E do que se trataria esse pouco? Uma pequena influencia na cena, melhor exemplificar do que explicar.
Num RPG de horror survive, os players precisavam passar por uma biblioteca, mas lá havia uma criatura de fogo. Antes de começar a batalha um jogador que tinha um ponto de ação, perguntou se a biblioteca não poderia ter um sistema de esguicho anti incêndio, eu disse que sim, mas a criatura não emitia fumaça. Ele mesmo assim gastou o ponto de ação e arremessou um livro na criatura, o livro pegou fogo e o sistema anti incêndio se ativou. Não era o suficiente para matar a criatura, mas criou uma ótima vantagem.
Então, primeiramente os pontos de ação deverão ter o aval do mestre. O mestre decide se a ideia do jogador é válida ou não. Na minha mesa, você pode fazer diferente na sua, esses pontos não são decisivos, como o exemplo anterior, criou uma vantagem, mas não eliminou o perigo.
Também podem ser usados como salvamento. Por exemplo personagem caiu do 5º andar, ele pode usar o ponto para atravessar um toldo extremamente grosso, livrando-o da morte, mas não de ossos quebrados.
Agora, como conseguir pontos de ação?
Você como mestre decide, mas eu dou em duas ocasiões:
- Jogador(es) faz(em) uma incrível ação, pode ser uma boa estratégia, uma boa tática, uma boa luta, uma boa interpretação. Pensar fora da caixa, surpreender positivamente o mestre, eu sempre recompenso isso com ponto de ação
- Quando eu sacaneio com o jogador. Como assim? Vamos dizer que eles topam com o ultimo vilão do jogo, e eu programei uma pequena batalha, e o vilão vai fugir, mas um jogador arremessa uma faca na corda que segura o portão cortado as saídas do vilão. Eu dou um ponto de ação para esse jogador e faço com que ele erre.
Não sei se vocês gostaram desse sistema de compensação e premiação, mas posso afirmar que dar um pouco de poder de narração para os players podem criar cenas incríveis, e não é para isso que jogamos RPG?
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