Tudo beleza galera? Venho hoje falar um pouco sobre uma das grandes franquias de jogos de RPG, trata-se da série “Tales of” da Bandai Namco, uma serie rica em historias marcantes.
Em 15 de dezembro de 1995, foi lançado no Japão, para o console Super Nintendo, o primeiro jogo de uma franquia que sobrevive bem até os dias de hoje, o Tales of Phantasia, que só encontrou o seu caminho até a língua inglesa em março 2006 com o lançamento de sua versão para Game Boy Advance, mas o Phantasia não foi o primeiro Tales a atingir as terras de língua inglesa, em setembro de 1998, foi lançado o segundo jogo da franquia principal da série Tales of, o Tales of Destiny, que veio a ser considerado um dos melhores jogos de todos os tempos no Japão.
Em novembro de 2000, foi lançado no Japão o terceiro título da série, o Tales of Eternia, que chegou aqui em setembro de 2001, pouco menos de um ano do lançamento japonês. Entre as maiores mudanças neste título foi a mudança na direção de arte dos personagens, principalmente nas batalhas, que passaram a ter uma anatomia menos deformada, estilo que foi aprimorado e mantido pelos outros jogos 2D da série dai para frente. Além disso, o combate também foi aprimorado, ficando mais fluído e divertido. Por motivos de direitos autorais com o nome “Eternia”, a empresa decidiu lançar no ocidente com o nome de Tales of Destiny II, para confundir a cabeça dos fãs da série.
Em 2002, Destiny volta as para os consoles japoneses na forma de Tales of Destiny II (o verdadeiro). A continuação com ligação direta com o Tales of Destiny, infelizmente nunca chegamos a vê-lo em inglês…
Em agosto de 2003, foi lançado o que viria a ser um dos maiores Tales Of de todos os tempos, o Tales of Symphonia, que trouxe grandes atualizações a série, como o uso de modelos 3D fora e dentro dos combates, mantendo as animações 2D nas cutscenes com padrão elevadíssimo e sistema de combate atualizado, Tales of Symphonia ainda é considerado por muitos o melhor Tales Of de todos os tempos.
O Playstation 2, em 2004, estreou o seu primeiro título da franquia, o Tales of Rebirth, o jogo resolveu “regredir” nos gráficos, utilizando o 2D novamente, porém muito mais refinado do que nos jogos anteriores que seguiram o estilo.
Em 2005 no Japão e 2006 nos Estados Unidos, foi lançado Tales of Legendia, que veio com modelos 3D novamente e um enredo mais focado nos personagens, com momentos a historia fica outros meio bobo, mas sempre uma ótima pedida.
No mesmo ano veio o Tales of the Abys (2005 no Japão e 2006 nos Estados Unidos) para revolucionar o sistema de batalha que já vinha sendo aprimorado a cada título, permitindo que agora, ao segurar um botão, o jogador pudesse andar com o personagem que ele controla andar em qualquer direção! Fora isso, o sistema de AD Skills adicionou bastante opção de customização dos personagens, deixando o que já era orientado a diversão, mais divertido ainda.
Em 2007, a franquia principal estreou para Nintendo DS, com o Tales of Innocence, o titulo ficou apenas na versão japonesa, com gráficos 3D e uma combinação do sistema de movimentação do Tales of the Abyss e de combos aéreos do Tales of Destiny.
Em 2008, foi lançado o Tales of Vesperia desenvolvido pela Namco e lançado para Xbox 360. No final de 2009 o jogo teve uma versão especial lançada para PlayStation 3, mas apenas no Japão. Tales of Vesperia o quarto jogo da série produzido pelo Team Symphonia, trazendo vários temas recorrentes como o racismo, a união e a destruição do meio ambiente, com os gráficos em cel shading simplesmente lindos, ótima historia com ótimos personagens, nota 10 para esse jogo.
Ainda em 2008 surge o Tales of Hearts foi lançado exclusivamente para o portátil Nintendo DS no Japão. A desenhista responsável pelos personagens principais é Mutsumi Inomata. O jogo utiliza sprites 2D, backgrounds 3D e é o primeiro título da série a utilizar animações em CG ao invés de anime. O tema principal, “Eien no Ashita” (“Eternal Tomorrow”) é interpretado por Deen, que já havia feito o tema de Tales of Destiny. O jogo foi lançado em duas versões: uma usando a animação produzida pela Production I.G., e a outra utilizando o CG produzido por Shirogumi.
Em 2009 a franquia foi marcada com a vinda de um título que iria fazer muito sucesso, o Tales of Graces, jogo que foi lançado inicialmente para o Wii, e depois relançado para PS3 com conteúdos extras, da mesma forma que foi feito com o Vesperia, com a principal diferença que este título veio para o ocidente, apesar de apenas a versão de Playstation com o título de Tales of Graces F, o F faz menção a ‘Future’, uma vez que o jogo conta com uma nova saga sobre o futuro dos personagens.
Setembro de 2011, a Bandai Namco nos anunciou o que viria ser a nova geração da franquia, na forma de Tales of Xillia, que também viria a ter o tratamento adequado no Ocidente, com a promessa de que a empresa iria dar mais atenção para jogadores não-japoneses, prometendo também que caso o jogo fizesse sucesso no ocidente, iriamos ver também o Xillia 2, que na época do anúncio americano de Xillia 1, estava no auge das atenções no Japão.
Entao surge em 2013 à continuação de Tales of Xillia, o Tales of Xillia II, o jogo tem como novo protagonista, Ludger Will Kresnik, que se juntará a tripulação do primeiro jogo, com a participação de mais alguns personagens, Muzét e Gaius, que se tornam personagens jogáveis na nova edição da Saga Xillia, com a temática de viajem no tempo e também contando com um novo mecanismo de mudança de estilo de combate para o protagonista Ludger, que pode alternar o tipo de arma que ele usa nos combates, além de também adicionar um sistema de transformação ao jogo e outras melhorias nas mecânicas anteriores.
Tales of Zestiria foi lançado no inicio de 2015 para os japoneses e no fim do ano para o resto do mundo. Para PlayStation 3, PS4 e PC, após ser muito aguardado por fãs ocidentais, a espera se justificou, já que, além de seus atrativos “naturais”, o game também saiu com legendas em português, o que representa um marco para os RPGs japoneses de consoles no Brasil.
A história de Tales of Zestiria não tem ligação com qualquer outro jogo da série “Tales of”, mas traz enredo tão interessante quanto o dos anteriores. No título, os jogadores controlam o jovem chamado Sorey, que mora em uma vila mística povoada por seres conhecidos como Serafins. Eles possuem aparência humanoide, mas apenas Sorey, que é de fato humano, pode enxergá-los.
O protagonista tem amizade com o serafim chamado Mikleo, que o ajuda em missões e outras tarefas comuns do dia a dia na vila. A paz de Sorey é ameaçada quando uma jovem de fora aparece nos arredores do local. A guerreira chamada Alisha parece ter atraído atenção desnecessária para o povo pacífico e a vida do garoto muda – o que o obriga a embarcar em uma aventura para conseguir a paz e reverter o quadro crítico.
Como todo game da série Tales of, Zestiria tem uma história que começa bem básica, mas logo ganha momentos e ares épicos. Essa, claro, é basicamente a fórmula de qualquer jogo de RPG que se preze, mas na franquia há sempre padrões pré-estabelecidos, como dezenas de personagens que surgem e entram no grupo do herói ou as nações em guerra que existem nos mundos da série – e que também estão presentes por aqui!
Tales of Zestiria demora para engrenar, e tudo por conta do lento sistema de evolução. O game tem boa jogabilidade e o controle padrão não é difícil de dominar. A dificuldade mora na batalha e na forma de controlar os personagens. O jogador controla apenas um por vez, mas pode pré-configurar ações programadas para os aliados, que são comandados pelo computador.
Há menus e submenus que servem para configurar magias e habilidades (“Ars”), equipar itens, conferir colecionáveis e mais. Mesmo em português, fica um pouco confuso, pois é muita informação e demora para o jogador se acostumar. Porém, quem está acostumado com o gênero deve se sentir em casa e perder horas nessas configurações.
A história, que já é meio básica, não ajuda em nada essa “evolução travada”. O jogo tenta prender o usuário em alguns momentos de tensão ou de reviravolta marcante, mas os momentos interessantes ficam para o meio da aventura, quando tudo começa a acontecer de verdade. E quantas horas isso leva? Pelo menos umas 10. Vai aguentar até lá? A experiência é para poucos.
Pelo menos a exploração compensa, já que o jogo não é nem um pouco linear. As masmorras e mapas gigantescos lhe deixam explorar cada canto sem que se perca (graças ao bom uso do mapa!) e é sempre possível rever os objetivos e para onde os personagens devem ir, sem mistérios ou esforço.
Os gráficos de Tales of Zestiria oscilam bastante de qualidade. Mesmo no PS4 o jogo apresenta uma “caída” em alguns cenários, com visuais que não fazem justiça ao poder do console. Mas os personagens e estágios mais contidos, como o interior de uma masmorra, estão bem mais caprichados. Além disso, o game conta com cenas animadas, que lembram anime, repletas de ação. A abertura é um show à parte, inclusive a trilha sonora. No geral, a parte gráfica decepciona um pouco, mas não é nenhuma “perda total”. Os japoneses não gostaram do jogo.
Enquanto de fato à uma quantidade larga de diferenças de opinião entre usuários, alguns reclamando dos gráficos do jogo, outros reclamando de problemas de sincronia labial no audio original, a uma certa unanimidade por parte dos jogadores japoneses, que é sobre a personagem Alisha. Que foi anunciada como a heroína principal do jogo ao lado do protagonista Sorey.
Porém a realidade é totalmente diferente da anunciada, no jogo, Alisha é jogável apenas na primeira metade do jogo, e pior, quando ela sai do grupo, ela sai permanentemente, levando consigo os níveis investidos pelo jogador, equipamentos, e etc.
Animes
A franquia também trouxe varias animações, vocês podem conferir.
Tales of Eternia: The Animation (8 de Janeiro à 26 de Março de 2001) | 13 Episódios
Tales of Phantasia: The Animation (25 de Novembro de 2004 à 24 de Fevereiro de 2006) | 4 Episódios
Tales of Symphonia: The Animation (8 de Junho à 21 de Dezembro de 2007) | 4 Episódios
Tales of the Abyss (4 de Outubro de 2008 à 20 de Março de 2009) | 26 Episódios
Tales of Zestiria the X (10 de Julho de 2016 à 25 de Setembro de 2016) | 12 Episódios. Já confirmado uma segunda temporada. E para aqueles que já assistiram sabem que aparece episódios com o novo titulo da franquia, Tales of Berseria. Lançado para PC e PS4 em agosto de 2016 no Japão e Janeiro de 2017 para o ocidente
Então galera da uma conferida nesta maravilhosa serie, alguns jogos e anime já são antigos mas da pra tentar jogar e assistir, vocês não vão se arrepender.