Time Devourer – Clock Tower

O sonho de toda criança criada em um orfanato é ganhar um lar. Jennifer realizou este sonho, e com suas melhores amigas se tornando suas irmãs legitimas. Mas sonhos e pesadelos não se distinguem até ser tarde demais…

Clique e ouça a trilha enquanto lê o artigo!

 

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Um dos pioneiros do gênero survival horror

Clock Tower foi lançado em 1995 para Snes e em 1997 para Windows, PSX, WonderSwan, Wii, Wii U (virtual console) e PSN com o subtítulo The First Fear. Sua desenvolvedora, a Human Entertainment, marcou história inúmeras vezes, como tendo feito o primeiro jogo de música em 1987 e sendo a casa de origem do famoso game designer Goichi Suda, até declarar falência em 2000. Os direitos de Clock Tower foram comprados pela Capcom.

 

Enredo

Jennifer Simpson é uma órfã que vive no Orfanato Granite, em Oslo, capital da Noruega. Seu pai era um médico que um dia recebeu um chamado para fazer um parto e nunca mais voltou e sua mão a deixara no lixo quando bebê ao ir viver com outro homem.

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A história se passa em 1995. A antiga mansão não perdeu a austeridade e permanece sombria

Aos 14 anos Jennifer é adotada por uma professora do orfanato, Mary Barrows, junto com outras três garotas. Ao chegar na luxuosa mas sombria mansão, Mary deixa as novas residentes sozinhas enquanto vai à procura de seu marido. Depois de um bom tempo, as amigas deliberam ir procurar por Mary e Jennifer se dispõe. Ao fechar a porta atrás de si, um grito estridente perturba seus ouvidos enquanto a queda de luz afeta sua visão. Ao voltar para junto das outras garotas, só encontra cadeiras vazias.

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Enigmas e cenários sombrios conduzem a trama

Uma busca por suas amigas leva Jennifer a descobrir vários mistérios da mansão. O mais perigoso deles a persegue desde o início: o ‘Assassino da Tesoura’. Um garoto de aproximadamente 10 deformado de pele cinza e empunhando uma tesoura de jardineiro quase tão grande quanto ele próprio.

Jennifer descobre que Mary já teve mais de um filho. Por que então ela a estava adotando? Onde está seu marido, Simon? Essas e outras questões mais macabras prendem o jogador entre uma perseguição e outra. Impasses morais dividem espaço com o crescente medo e a curiosidade de chegar ao fundo do mistério…

 

Mecânica

O jogo é um point-and-click, onde o jogador interage com o ambiente e movimenta a personagem por meio de um cursor. Pela baixa estrutura de que o projeto dispunha, o jogo não é compatível com o mouse do Snes. Em compensação, os botões do controle são bem aproveitados com atalhos para correr e funções específicas.

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Cenas em detalhe realçam o sentimento de algumas partes do jogo

O jogo progride por meio de itens a ser usados em certas partes da mansão. Além desses puzzles de alta dificuldade, a história se desenrola de maneiras diferentes conforme a ordem de lugares a se explorar e outros requisitos. O jogo possui oito finais diferentes e mais um secreto.

Jennifer fica cansada ao fazer muito esforço, como correr ou se pendurar em algo. Isso é mostrado pela cor do fundo de sua foto. Se chegar ao limite, ela precisa ficar parada ou sentada um tempo.

O modo de Pânico é uma das coisas mais interessantes do jogo. Ao ser perseguida pelo assassino, Jennifer entra em um estado de adrenalina que faz com que ela corra mais rápido, não se canse e alcance lugares antes impossíveis para se esconder.

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O assassino pode aparecer de qualquer lugar aleatoriamente, perfeito para um jogo de terror

O ‘Assassino da Tesoura’ é mais lento que Jennifer e perde a garota de vista se ela achar um esconderijo antes de ele entrar no cômodo. Depois disso ele sai e o jogo volta ao modo de exploração normal. Para compensar a lentidão, ele tem a capacidade de teletransporte além de sair de vários esconderijos no momento em que Jenniffer os explora.

O cenário é bem construído, favorecendo as mecânicas e interativo, com muitos lugares para se esconder e itens para usar.

 

A Série

Clock Tower foi inspirado nas obras do diretor de cinema italiano Dario Argento, pegando elementos na trama e fotografia. O projeto do primeiro jogo foi um desafio com pouca verba e mão de obra. O jogo foi relançado para outras plataformas, mas nada mudou além de tímidas cutscenes em 3D.

Clock Tower 2, ou somente Clock Tower fora do Japão continua a história do primeiro segundo alguns dos possíveis finais. O jogo foi lançado para PSX e é todo em 3D, com a possibilidade de jogar com vários personagens. Este jogo teve 2 livros e um audio drama lançados.

Clock Tower Ghost Head, ou Clock Tower 2: The Struggle Within fora do Japão deixa de seguir a saga de Jennifer, criando outra trama. Também foi lançado para PSX e não possui grandes diferenças técnicas de seu predecessor.

Clock Tower 3 foi o primeiro a ser lançado sob os cuidados da Capcom, depois do fim da Human. Já no PS2, foi dirigido pelo cineasta japonês Kinji Fukasaku. Foi o primeiro da série a não usar a mecânica point-and-click e contém trama independente.

Haunting Ground é outro jogo da Capcom com o mesmo estilo do último Clock Tower, com a adição de um cachorro que ajuda a protagonista e possui várias mecânicas próprias. Foi lançado para PS2 e está dispoível para PS3 via PSN no Japão. É considerado uma sequência espiritual de CT.

 

Música

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A embalagem luxuosa com 3 cases (um deles duplo)

 

Composta por Kouji Niikura e Kaori Takazoe, a trilha de Clock Tower é a típica música ambiente de filmes de terror, com timbres que variam de qualidade dependendo da versão do jogo. A versão para Windows possui um tema de perseguição a mais do que as outras.

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Clock Tower entra para a crescente lista de jogos com trilha lançada em vinil

O jogo usa muito do silêncio, e os fortes começos nas músicas fazem o jogador tremer na base nos eventos de ação.

No início de 2016 uma coleção com a trilha de todos os jogos ainda feitos pela Human foi lançada. São 4 discos com um total de 167 faixas. A edição limitada ainda conta com um vinil de 33 RPM.

 

Um pesadelo de mais de 20 anos

Clock Tower é um jogo maravilhoso e merece ser jogado hoje. Sua inovação pode ser sentida e a qualidade final é impressionante para as limitações do desenvolvimento.

As personagens foram criadas de fotos de pessoas reais digitalizadas e a animação de Jennifer foi feita a partir dos movimentos de sua atriz, uma funcionária da empresa. Essa técnica deixa os sprites bonitos e fluidos.

Filmes de terror geralmente perdem a capacidade de assustar conforme seus recursos ficam datados, mas este jogo nem de longe segue a regra. Por usar gráficos em 2D, sente-se menos choque visual com ele do que com seus sucessores em 3D da década de 1990.

Apesar da riqueza do jogo, é relativamente curto se o jogador souber o que fazer. Em compensação, a variedade de finais faz a rejogabilidade muito mais agradável. Outra coisa que deixa o jogo menos curto é seu ritmo lento.

Quem jogar tem diversão garantida e vai saber por que a fanbase dessa série é tão grande.

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Você nunca estará sozinho… o que não é necessariamente bom

 

Portais do medo

Rom de Snes – traduzido em PTBR

Emulador de Snes – disponível para vários OSs

ISO de PSX – lançado só no Japão, o port foi traduzido para inglês por fãs

Emulador de PSX – disponível até para android

 

É isso por essa semana galera, espero que gostem e possam tirar algo de bom dos elementos de terror desse jogo para seu RPG. Até a próxima!

 

 

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