Um verdadeiro ás:
O que determina se um piloto é um ás? Sobreviver a várias batalhas? Vencê-las? Marcar a vida de seus oponentes ou mesmo tirá-las?
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Ace Combat Zero foi lançado em 2006 pela Bandai Namco para PlayStation 2. É o terceiro e último jogo da série para o console. A softhouse japonesa já havia criado a divisão Project Aces para cuidar especialmente da série e continua em vigor até hoje.
A série
A série Ace Combat começou em 1995 nos arcades e no PSX, se mantendo praticamente exclusiva do console da Sony.
Depois do estouro de jogos de nave em terceira pessoa que os novos gráficos 3D proporcionavam, a Namco saiu do velho contexto espacial e trouxe as batalhas aos céus com atmosfera. Aviões baseados em caças reais e depois licenciados dão um valor a mais à série, que se mantém a grande referência no gênero até hoje.
A maioria dos títulos acontece em um mesmo universo fictício, chamado strangereal por fãs e adotado oficialmente pelos desenvolvedores. Como os jogos não seguem uma ordem cronológica e nem sempre acontecem no mesmo lugar do mundo, há espaço para especulações. As histórias se passam de 1995 a 2040, com tecnologias fictícias ocupando certo espaço ao lado de aviões licenciados. Muitos detalhes de personagens, governos e conflitos enriquecem a série que sempre inova de um título para outro.
Ace Combat Zero é uma prequela direta de Ace Combat 5. Se refere a uma guerra que ocorre 15 anos antes de AC5 e é o motivo por trás do novo conflito.
Enredo
Ace Combat Zero é uma narrativa do repórter Brett Thompson em seu documentário produzido em 2005 sobre a Guerra de Belka, ocorrida em 1995. O foco principal da matéria é um misterioso piloto mercenário cujos registros são vagos, mas sua lenda chega a apresentá-lo como o homem que terminou a guerra.
A Guerra de Belka é levemente inspirada na Segunda Guerra Mundial. O Principado de Belka é marcado pela cultura e sucesso bélico em todas as eras. Depois de um conflito que trouxe crise ao país na década de 1980, a poderosa Força Aérea Belka lança ataques aos países vizinhos em busca de recursos naturais. Várias nações se aliam para repelir a invasão. A situação extrema leva a nação de Ustio a contratar esquadrões mercenários como reforço. Entre eles a dupla Cypher e Pixy, que formam a Equipe Galm (66ª Unidade Aérea). A partir daí, o teatro operacional muda drasticamente e a iminência de um ataque nuclear assombra o povo.
Thompson busca os pilotos que participaram dos conflitos e ouve suas histórias. Conforme as batalhas são revividas o jogador assume o papel de Cypher, repelindo as forças de Belka. Muita ideologia é discutida, o certo e errado se misturam e se anulam.
Todos os ases que enfrentaram Cypher, que com o tempo ganhou a alcunha de Demon Lord foram marcados fortemente pelo inimigo lendário. O jogador pode escolher três caminhos no jogo: Cavaleiro, Soldado ou Mercenário. Eles dependem das ações tomadas nas batalhas. Apesar de não mudar o final do jogo, eles alteram os inimigos a serem enfrentados, o que resulta em diferentes entrevistas.
Game Design
Ace Combat Zero mantém a jogabilidade de seu antecessor, Ace Combat 5. Possui 18 missões, menos que AC5, mas a escolha de caminhos diversifica algumas delas.
Múltiplos caminhos não são novidade na série, mas a mecânica de definir a personalidade do personagem como fator de escolha dos mesmos é. Ela é chamada Ace Style. O jogador pode definir se Cypher tem uma mentalidade de cavaleiro, soldado ou mercenário de acordo com o número de alvos neutros (incapazes de atacar) poupados os destruídos.
Os aviões continuam licenciados de diversas empresas por todo o mundo e vão dos jatos da Guerra Fria a protótipos experimentais ou fictícios. Pinturas são desbloqueadas, incluindo as dos jogos anteriores. Cada caça pode carregar certas armas especiais. Armas e aviões são comprados com dinheiro ganho nas missões. O modo new game + mantém o hangar e o dinheiro da campanha anterior.
Muitas referências à era medieval estão presentes, seja em nomes de lugares, personagens ou estilos de batalha, além de referências à Biblia, mitologia nórdica e um dos Vedas do hinduísmo.
Ao abater determinados inimigos, seus dossiês ficam disponíveis em uma galeria, o que esclarece muitas coisas sobre toda a série.
O modo versus local foi implementado no lugar do arcade de seu predecessor.
A Música de Ace Combat Zero
Composta por Keiki Kobayashi, Tetsukazu
Nakanishi, Hiroshi Okubo e Junichi Nakatsuru, os mesmos dos outros jogos da série, mantém o estilo épico de AC04 e AC5, mas agora dividindo espaço com flamenco. Essa mistura dá exalça o clima medieval que o jogo traz.
A trilha sonora original foi lançada com todas as 45 faixas do game em dois CDs
O modo Versus contém as mesmas músicas do modo arcade do AC5
A letra da faixa “Zero” é a mesma de “The Unsung War” de Ace Combat 5, reforçando a ligação entre os dois e mesmo abrindo espaço para mais especulações.
“It was a cold and snowy day…”
O jogo todo se baseia no peso das lembranças dos personagens e a nostalgia de reviver seus momentos mais importantes durante as entrevistas. Quem jogar hoje não voltará a 2006, quando o jogo foi a lançado, mas a 1995, quando a ação acontece.
As cutscenes em FMV com sua fotografia transportadora e o modo como a narrativa acontece te levam para dentro de strangereal.
Rastros supersônicos
ISO para PS2 – Roda em emuladores
Emulador de PS2 – Para diversos sistemas operacionais
Trilha sonora – Em formato FLAC de alta qualidade
Espero que tenham gostado de conhecer um pouco sobre essa série de jogos de guerra que pode enriquecer seus cenários bélicos na mesa
Até a próxima viagem ao passado!!