Lado Literário,
Vinicius Tribuzi
Hoje trazemos uma poesia sobre o memorável personagem Davy Jones.
Davy Jones é, na trilogia de Piratas do Caribe, o capitão do Holandês Voador, o temido navio fantasma que vaga os sete mares em busca de almas para servir sob seu comando. (Esse personagem é baseado na lenda de um navio fantasma que supostamente foi visto por várias vezes nas proximidades do extremo sul da África. Dizem que, o Holandês Voador seria, na lenda original, o nome do capitão e não do navio).
O propósito original de Davy Jones era levar as almas, daqueles que morreram no mar, para o outro mundo. Ele fora imbuído de tal tarefa pelo seu único e verdadeiro amor, a deusa do mar Calipso. Para cada dez anos em alto mar Jones poderia passar um dia em terra firme para ficar com sua amada. Depois dos primeiros dez longos anos cumprindo seu dever, ele se preparou para encontrar sua amada, porém ela não apareceu. Furioso e de coração partido Jones ajudou a irmandade dos piratas a dominarem os mares através de um ritual que aprisionou a deusa em uma forma humana.
Incapaz de lidar com a tristeza e a dor causada pela traição de Calipso, Davy Jones arrancou seu coração e o colocou em um baú, enterrado na ilha Cruces. Jones então abandona seus deveres e passa a navegar os setes mares como um tirano comandando uma tripulação amaldiçoada e obrigada, sob juramento, a servir no Holandês Voador por cem anos. Por ter abandonado seus deveres Jones e sua tripulação foram amaldiçoados e aos poucos se tornaram monstros marinhos humanoides.
A Balada de Davy Jones
Há em mim este órgão
Que bate, bombeia
Sempre, sem cessar
No ritmo da vida, incendeia
Me faz viver e acelerar
Para depois sofrer
E quase parar
Mas nunca para
Nunca parará
Pulsoda vida, compassado
Num corpo amaldiçoado
Que já não quer mais viver
Mas então me explique ó solidão
Se alguma semelhança há
Entre este meu coração
Outrora tão amado
E uma simples máquina
Feita a fogo e ferro forjado
Pois para mim não traz descrença
Que a máquina em seu vil funcionamento
Produza batida com mesma frequência
E a mude conforme o sentimento
Então para que serves ó coração
Batendo, ritmo perfeito
Além de fazer-me chorar
Arrancar-te-ei do meu peito
Colocarei a máquina em teu lugar
E assim estará bem feito
Que não sofrerei mais por amar
E pouco importa se não serei eleito
O mais nobre e amável cidadão
Pois que eu vire máquina no coração
E humano só na inteligência
Que me diz o caminho a seguir
Me põe no rumo da razão
Assim me liberto da negligência
Desta maldosa paixão
Eis, pois minha solução
É simples e sem erro
Colocarei hoje,sem contradição,
meu coração de ferro
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